10 de setembro de 2015

ENTENDENDO A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS

Convívio com figura paterna ajuda a lidar com desafios e ter limites

Nos dias de hoje vem surgindo uma significativa mudança no posicionamento da mulher em relação à maternidade. Já é permitido que a ala feminina consolide uma carreira e se case por autêntico desejo pessoal. Já os homens estão mais participativos nas tarefas de casa, entre outras atividades consideradas "femininas". O fato das relações homem-mulher terem se tornado mais igualitárias reflete diretamente no exercício da maternidade e da paternidade. A criação dos filhos está sendo dividida entre o casal e os homens, na maioria das vezes, sentem-se compelidos a participar mais da vida da prole.

Atualmente, os pais sentem que precisam abrir um canal de comunicação seguro com os filhos. É importante que, além da relação do casal estar amadurecida, o próprio homem esteja em contato com os aspectos afetivos e psicológicos que emergem da experiência da paternidade: um resgate do passado e a possibilidade de construir um novo tipo de vínculos.

O NOVO PAI PRESENTE
Sabemos que nos primeiros meses de vida, um bebê exige muito da mãe. Na relação delicada com seu filho, em que a atenção e a emoção da mulher estão inteiramente envolvidas, existe um terceiro componente, muitas vezes deixado de lado: o pai. Dessa forma, ele, que é espectador dessa situação, pode ter a percepção de que está ficando de lado.

No entanto, além de ajudar nos cuidados com o pequeno, evitando uma sobrecarga para a mãe, o homem tem um papel muito importante para o desenvolvimento do bebê. O pai ajudará a estabelecer as regras na educação do filho. Além disso, a presença masculina na vida do bebê facilita a transição do relacionamento restrito à mãe para a vida social, e ajuda no convívio com outras pessoas.

O homem geralmente faz com que a criança desenvolva alguns aspectos necessários para toda a vida, como o senso de limite interno, a independência e a superação dos desafios. A figura do pai ainda é importante na hora de exemplificar condutas. Os filhos se desenvolvem tendo o pai como ideal e, sob esse olhar, o pai deve se portar como gostaria que os filhos o fizessem.

Na maioria das vezes os meninos se identificam com a figura do pai, tomando-o como a personificação do homem e imitando seus atos. Um adolescente que cresce com um pai que é carinhoso com os filhos e com a esposa, procurará formar uma família harmônica e lutará pela felicidade do lar. Já um filho que vê o pai abandonar tudo, terá a mesma tendência.

Quando as meninas têm um pai presente e carinhoso desde a infância possuem menor probabilidade de praticar sexo sem proteção ou de engravidar na adolescência. A presença de um pai carinhoso aumenta os padrões de escolha do parceiro, uma vez que ela se sente querida e amada, aumentando sua autoestima. Buscam, também, parceiros parecidos com os pais em alguns aspectos. Mulheres criadas por pais abusivos (física ou emocionalmente) têm maior probabilidade de se casar com homens que as maltratam de alguma forma.

Vale lembrar que mesmo que não possa contar com a presença da figura do pai, a criança pode buscar essa referência em outras pessoas próximas, como o tio, o padrinho ou o avô, por exemplo.

PROTEÇÃO PEDE EQUILÍBRIO
Apesar de escassas, as pesquisas indicam que o desejo de ser pai e também de exercer a paternidade de forma menos convencional está cada vez mais evidente. Um estudo realizado em 2000 pelo instituto de pesquisa americano Harris mostrou que 70% dos homens até abdicariam facilmente de um salário mais alto em troca de mais tempo com a prole - entre as mulheres, essa resposta foi dada por 63%.

No entanto, o desejo exacerbado de estar sempre presente na vida do filho pode criar uma competição nada saudável entre os progenitores. Muitas vezes, ambos querem participar de absolutamente tudo na vida dos filhos - das idas ao médico até o transporte diário para a escola, por exemplo. Nestes casos, pais excessivamente participativos provavelmente tiveram pais que também foram super protetores, e acabam transferindo esse comportamento para a relação com seus filhos. O equilíbrio deve ser procurado e combinado entre o casal para que nenhum dos dois se sinta sobrecarregado ou deixado de lado na relação com a cria.

AUSÊNCIA DA FIGURA PATERNA PROVOCA VAZIO EMOCIONAL
Quando as crianças possuem um pai ausente, elas podem sentir que não são amadas por esse genitor. Essa situação dá espaço para uma grande desvalorização de si mesmas e um sentimento de culpa, já que os pequenos se acham responsáveis por terem provocado a separação do pai e, em alguns casos, até por terem nascido. A criança pode acreditar que ela é má e que, por esse motivo, foi deixada pelo pai. Isso gera reações variadas, como tristeza, melancolia e até agressividade.

Como consequência, aqueles mais tímidos podem se fechar em si mesmos, enquanto os extrovertidos tendem a querer se vingam no mundo com condutas antissociais. Deste modo, a ausência da figura paterna está relacionada à produção de variadas expressões de conflitos, defesas e sentimento de culpa nos filhos.

Para evitar esse tipo de reação, veja abaixo algumas dicas de como ser um pai presente e dedicado para os filhos:
· Durante a gravidez, pesquise sobre o assunto. Isso lhe ajudará a tirar as possíveis dúvidas nas consultas com o obstetra.
· Participe das consultas com o médico que fará o parto e procure conhecer o pediatra que vai cuidar do bebê. O papel do pai começa antes mesmo do filho nascer.
· Participe da decoração do quarto do bebê, não deixando esta responsabilidade exclusivamente para a mãe. Esse será o espaço onde a família passará muito tempo reunida.
· É importante o pai tirar a licença-paternidade e aproveitar os primeiros dias da criança em casa. Isso ajuda a manter contato com o bebê ainda recém-nascido, além de reforçar o desenvolvimento da relação entre pai e filho e a formação do vínculo inicial com o bebê.
· Levantar a noite para ver o motivo do choro e ficar encarregado dos primeiros banhos fortalece a relação com a criança.
· Experimente participar do que a criança gosta, na medida em que for crescendo. Assista aos programas infantis e esteja presente nas brincadeiras com a criança. Essas situações aproximam pais e filhos e ainda podem virar tema para o diálogo entre ambos.
· As refeições são os momentos onde os pais podem ensinar aos seus filhos que existem regras a serem cumpridas. Crie uma rotina de comer junto com a criança.
· Brincar com a criança ao ar livre é muito saudável, por isso aproveite os horários em que o sol não está muito forte (até às 10h e depois das 16h) e leve a criança ao parque ou mesmo ao playground do prédio.
Estas são dicas simples que podem proporcionar momentos de interação e afetividade que intensificam o vínculo entre pai e filho. Vale a pena experimentar!

"O que o pai calou aparece na boca do filho, e muitas vezes descobri que o filho era o segredo revelado do pai". (Friedrich Nietzsche)

Acadêmica: Adriana Feijó

2 de setembro de 2015

COMO SE PREPARAR PARA A CRISE DE 2015

Saber como se preparar para a crise de 2015 é o primeiro passo não só para garantir a sobrevivência do seu negócio, como também largar com toda força depois da crise.
Não adianta de nada entrar em desespero em razão dos sinais de desaquecimento da economia e queda nas vendas. Isso não vai resolver o problema.
A única saída para o empreendedor é buscar proteção para os tempos conturbados que iremos enfrentar no ano que vem e buscar opções de como se preparar para a crise de 2015.

Reduza imediatamente seu grau de endividamento
Não importa que sacrifícios isso possa envolver, mas uma coisa é certa, se você quer se preparar para a crise de 2015, a primeira providência é reduzir a todo custo seu grau de endividamento.
As taxas de juros estão altas e o Banco Central não dá o menor sinal de que possa vir a reduzi-las à curto prazo. Isso poderá asfixiar seu negócio em um cenário inflacionário e de retração de vendas. Portanto, prioridade a esse item.

Prepare-se para uma redução de vendas e pedidos
O primeiro passo para se preparar para a crise econômica de 2015 é ser realista e assumir que as vendas sofreram uma sensível redução, principalmente em segmentos que comercializam produtos e serviços não essenciais.
Essa é uma retração clássica dos consumidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas e não pode ser ignorada em seu planejamento estratégico. 
Por isso, adeque suas projeções de vendas para 2015 de forma a enquadrá-la à realidade do momento econômico.

Revise seu mix de produtos e serviços
Os tempos de vacas gordas tendem a deixar o mix de produtos e serviços sem um critério muito rígido de eficiência, o que prejudica o andamento dos negócios, mas não chega a matar a empresa, e por isso produtos que não vendem bem ou tem um prazo de permanência no estoque prolongado, vão conseguindo uma sobrevida.
Se você quer saber como se preparar para a crise de 2015, uma das dicas mais valiosas é fazer uma revisão imediata do seu mix de produtos e eliminar aqueles que não estão trazendo giro de estoque e não possuem uma margem de lucro tão atraente assim.

Otimize processos produtivos
Outra solução para o dilema de como se preparar para a crise econômica de 2015 é através da otimização dos processos produtivos e rotinas administrativas da empresa.
Em tempos de mercado aquecido e boas vendas, é comum, principalmente entre os pequenos e médios empresários, um certo desleixo em relação à otimização de processos. Em tempos de crise, essa falta pode lhe custar a competitividade e em casos extremos até mesmo o negócio.

Avalie a possibilidade de downsizing
Reduzir o ritmo de atividade da sua empresa não é nenhuma vergonha ou sinal de má gestão. É sinal de prudência. Existe um ditado sobre empreendedorismo que eu adoro, dizendo o seguinte “O primeiro negócio de qualquer negócio é permanecer no negócio”.
Em épocas de crise, as vezes é preferível reduzir a atividade e o crescimento da empresas para poder enfrentar o ambiente desfavorável, do que bancar o empreendedor destemido e quebrar a cara dando murro em ponta de faca. Pergunte ao Eike Batista o que ele acha.

Invista em marketing
Não caia na armadilha de reduzir seu investimento em marketing só porque as vendas estão baixas. É justamente nessa situação que você deve investir mais ainda para atrair clientes para o seu negócio!
Se você ainda não tem uma estratégia de marketing digital, pense seriamente em investir neste segmento, pois além de ser mais barato (mas não gratuito) que o marketing convencional, pode ter seus resultados mensurados nos mínimos detalhes.

Participe de eventos setoriais
Em épocas de crise se torna importante participar de um número maior de eventos para poder ter uma avaliação externa da crise e do cenário traçado para o futuro.
É um ótimo momento também para o compartilhamento de experiências e soluções adotadas por outros empresários que estão no mesmo barco. É uma situação onde a união faz a força.

Seja criativo
Uma das boas lições que se pode extrair de uma crise econômica como a que vem ai pela frente em 2015 é o incentivo à criatividade. Se você ficar sentado chorando suas pitangas e não fazendo absolutamente nada, ai sim a coisa vai ficar bem feia.
Coloque sua criatividade e de seus colaboradores para trabalhar. Esteja aberto a sugestões e não crie qualquer tipo de barreira a mudanças. Em momentos de crise é que avaliamos de forma mais contundente qual o valor que poderíamos estar entregando ao mercado que ainda não foi agregado ao nosso produto ou serviço.
Não ser pego de surpresa sempre foi um grande trunfo no mundo dos negócios. Por isso, saber como se preparar para a crise de 2015, pode ser decisivo para a sobrevivência do seu negócio nos tempos difíceis que vem por ai.

Por Alberto Valle, empreendedor e diretor da Academia do Marketing
http://www.empreendedoresweb.com.br/como-se-preparar-para-a-crise-de-2015/

Acadêmicos: Guilherme Felipe Vieira e Fernanda do Rosário