25 de novembro de 2015

RELACIONAMENTO FAMILIAR: A importância da família para a vida

Redação A12 / 2014

Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa família. Ela nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional.
Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias.
É também no ambiente familiar que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização.  Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes.
Não podemos esquecer que cada um tem um papel fundamental dentro de casa, onde existem direitos e deveres, e todos devem cumprir com suas obrigações. Aí entra o respeito mútuo, a consideração pelos mais velhos, as tarefas domésticas, os deveres diários. Há situações em que toda responsabilidade do dia a dia e os serviços de casa ficam por conta da mãe, os filhos culpam os pais por não poderem presenteá-los com aquilo que desejam ou os irmãos vivem se desentendendo. Nestes casos, a família permanece em desarmonia, sobrecarregando apenas um integrante, tornando instável a união do lar e a estrutura familiar.
Certas situações podem causar grandes frustações em uma vida. Muitos definem a família como sendo a “base de tudo”, uma expressão bastante utilizada para caracterizar o laço familiar que vai além do sangue, sendo também emocional e espiritual. Mas esta base pode se desintegrar, desgastando e se tornando prejudicial. Então, é preciso preservá-la sempre.
 
"Um bom relacionamento familiar é a principal arma de combate às drogas e aos problemas emocionais"
O psicanalista Evilázio Vieira ressalta que um bom relacionamento familiar é a principal arma de combate às drogas e aos problemas emocionais que acometem os adolescentes e os jovens. Ele explica que, a partir da adolescência, o indivíduo procura o ambiente fora de casa e os amigos para buscar aprovação e se identificar, e depois volta para o lar. Quando a família tem uma base sólida e oferece amor e atenção, ele não sente necessidade de buscar uma fuga da realidade nas ruas, ao lado dos amigos; ele usa o ambiente externo de forma saudável. Mas, quando sua vida é instável no âmbito familiar, ele busca suprir na rua aquilo que lhe falta dentro de casa; neste caso, é onde tem início a dependência química, a rebeldia e o comportamento violento.
Portanto, a família é algo único e insubstituível, extremamente necessário para a formação do ser humano. Sua ausência gera graves consequências. Pais e filhos precisam se manter unidos, dialogando diariamente. É preciso cuidá-la com carinho, dedicação e fé, para que sua estrutura se mantenha forte e  seus indivíduos não caiam no mundo dos vícios e das futilidades.

Acadêmica: Amanda

10 de setembro de 2015

ENTENDENDO A RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS

Convívio com figura paterna ajuda a lidar com desafios e ter limites

Nos dias de hoje vem surgindo uma significativa mudança no posicionamento da mulher em relação à maternidade. Já é permitido que a ala feminina consolide uma carreira e se case por autêntico desejo pessoal. Já os homens estão mais participativos nas tarefas de casa, entre outras atividades consideradas "femininas". O fato das relações homem-mulher terem se tornado mais igualitárias reflete diretamente no exercício da maternidade e da paternidade. A criação dos filhos está sendo dividida entre o casal e os homens, na maioria das vezes, sentem-se compelidos a participar mais da vida da prole.

Atualmente, os pais sentem que precisam abrir um canal de comunicação seguro com os filhos. É importante que, além da relação do casal estar amadurecida, o próprio homem esteja em contato com os aspectos afetivos e psicológicos que emergem da experiência da paternidade: um resgate do passado e a possibilidade de construir um novo tipo de vínculos.

O NOVO PAI PRESENTE
Sabemos que nos primeiros meses de vida, um bebê exige muito da mãe. Na relação delicada com seu filho, em que a atenção e a emoção da mulher estão inteiramente envolvidas, existe um terceiro componente, muitas vezes deixado de lado: o pai. Dessa forma, ele, que é espectador dessa situação, pode ter a percepção de que está ficando de lado.

No entanto, além de ajudar nos cuidados com o pequeno, evitando uma sobrecarga para a mãe, o homem tem um papel muito importante para o desenvolvimento do bebê. O pai ajudará a estabelecer as regras na educação do filho. Além disso, a presença masculina na vida do bebê facilita a transição do relacionamento restrito à mãe para a vida social, e ajuda no convívio com outras pessoas.

O homem geralmente faz com que a criança desenvolva alguns aspectos necessários para toda a vida, como o senso de limite interno, a independência e a superação dos desafios. A figura do pai ainda é importante na hora de exemplificar condutas. Os filhos se desenvolvem tendo o pai como ideal e, sob esse olhar, o pai deve se portar como gostaria que os filhos o fizessem.

Na maioria das vezes os meninos se identificam com a figura do pai, tomando-o como a personificação do homem e imitando seus atos. Um adolescente que cresce com um pai que é carinhoso com os filhos e com a esposa, procurará formar uma família harmônica e lutará pela felicidade do lar. Já um filho que vê o pai abandonar tudo, terá a mesma tendência.

Quando as meninas têm um pai presente e carinhoso desde a infância possuem menor probabilidade de praticar sexo sem proteção ou de engravidar na adolescência. A presença de um pai carinhoso aumenta os padrões de escolha do parceiro, uma vez que ela se sente querida e amada, aumentando sua autoestima. Buscam, também, parceiros parecidos com os pais em alguns aspectos. Mulheres criadas por pais abusivos (física ou emocionalmente) têm maior probabilidade de se casar com homens que as maltratam de alguma forma.

Vale lembrar que mesmo que não possa contar com a presença da figura do pai, a criança pode buscar essa referência em outras pessoas próximas, como o tio, o padrinho ou o avô, por exemplo.

PROTEÇÃO PEDE EQUILÍBRIO
Apesar de escassas, as pesquisas indicam que o desejo de ser pai e também de exercer a paternidade de forma menos convencional está cada vez mais evidente. Um estudo realizado em 2000 pelo instituto de pesquisa americano Harris mostrou que 70% dos homens até abdicariam facilmente de um salário mais alto em troca de mais tempo com a prole - entre as mulheres, essa resposta foi dada por 63%.

No entanto, o desejo exacerbado de estar sempre presente na vida do filho pode criar uma competição nada saudável entre os progenitores. Muitas vezes, ambos querem participar de absolutamente tudo na vida dos filhos - das idas ao médico até o transporte diário para a escola, por exemplo. Nestes casos, pais excessivamente participativos provavelmente tiveram pais que também foram super protetores, e acabam transferindo esse comportamento para a relação com seus filhos. O equilíbrio deve ser procurado e combinado entre o casal para que nenhum dos dois se sinta sobrecarregado ou deixado de lado na relação com a cria.

AUSÊNCIA DA FIGURA PATERNA PROVOCA VAZIO EMOCIONAL
Quando as crianças possuem um pai ausente, elas podem sentir que não são amadas por esse genitor. Essa situação dá espaço para uma grande desvalorização de si mesmas e um sentimento de culpa, já que os pequenos se acham responsáveis por terem provocado a separação do pai e, em alguns casos, até por terem nascido. A criança pode acreditar que ela é má e que, por esse motivo, foi deixada pelo pai. Isso gera reações variadas, como tristeza, melancolia e até agressividade.

Como consequência, aqueles mais tímidos podem se fechar em si mesmos, enquanto os extrovertidos tendem a querer se vingam no mundo com condutas antissociais. Deste modo, a ausência da figura paterna está relacionada à produção de variadas expressões de conflitos, defesas e sentimento de culpa nos filhos.

Para evitar esse tipo de reação, veja abaixo algumas dicas de como ser um pai presente e dedicado para os filhos:
· Durante a gravidez, pesquise sobre o assunto. Isso lhe ajudará a tirar as possíveis dúvidas nas consultas com o obstetra.
· Participe das consultas com o médico que fará o parto e procure conhecer o pediatra que vai cuidar do bebê. O papel do pai começa antes mesmo do filho nascer.
· Participe da decoração do quarto do bebê, não deixando esta responsabilidade exclusivamente para a mãe. Esse será o espaço onde a família passará muito tempo reunida.
· É importante o pai tirar a licença-paternidade e aproveitar os primeiros dias da criança em casa. Isso ajuda a manter contato com o bebê ainda recém-nascido, além de reforçar o desenvolvimento da relação entre pai e filho e a formação do vínculo inicial com o bebê.
· Levantar a noite para ver o motivo do choro e ficar encarregado dos primeiros banhos fortalece a relação com a criança.
· Experimente participar do que a criança gosta, na medida em que for crescendo. Assista aos programas infantis e esteja presente nas brincadeiras com a criança. Essas situações aproximam pais e filhos e ainda podem virar tema para o diálogo entre ambos.
· As refeições são os momentos onde os pais podem ensinar aos seus filhos que existem regras a serem cumpridas. Crie uma rotina de comer junto com a criança.
· Brincar com a criança ao ar livre é muito saudável, por isso aproveite os horários em que o sol não está muito forte (até às 10h e depois das 16h) e leve a criança ao parque ou mesmo ao playground do prédio.
Estas são dicas simples que podem proporcionar momentos de interação e afetividade que intensificam o vínculo entre pai e filho. Vale a pena experimentar!

"O que o pai calou aparece na boca do filho, e muitas vezes descobri que o filho era o segredo revelado do pai". (Friedrich Nietzsche)

Acadêmica: Adriana Feijó

2 de setembro de 2015

COMO SE PREPARAR PARA A CRISE DE 2015

Saber como se preparar para a crise de 2015 é o primeiro passo não só para garantir a sobrevivência do seu negócio, como também largar com toda força depois da crise.
Não adianta de nada entrar em desespero em razão dos sinais de desaquecimento da economia e queda nas vendas. Isso não vai resolver o problema.
A única saída para o empreendedor é buscar proteção para os tempos conturbados que iremos enfrentar no ano que vem e buscar opções de como se preparar para a crise de 2015.

Reduza imediatamente seu grau de endividamento
Não importa que sacrifícios isso possa envolver, mas uma coisa é certa, se você quer se preparar para a crise de 2015, a primeira providência é reduzir a todo custo seu grau de endividamento.
As taxas de juros estão altas e o Banco Central não dá o menor sinal de que possa vir a reduzi-las à curto prazo. Isso poderá asfixiar seu negócio em um cenário inflacionário e de retração de vendas. Portanto, prioridade a esse item.

Prepare-se para uma redução de vendas e pedidos
O primeiro passo para se preparar para a crise econômica de 2015 é ser realista e assumir que as vendas sofreram uma sensível redução, principalmente em segmentos que comercializam produtos e serviços não essenciais.
Essa é uma retração clássica dos consumidores, sejam pessoas físicas ou jurídicas e não pode ser ignorada em seu planejamento estratégico. 
Por isso, adeque suas projeções de vendas para 2015 de forma a enquadrá-la à realidade do momento econômico.

Revise seu mix de produtos e serviços
Os tempos de vacas gordas tendem a deixar o mix de produtos e serviços sem um critério muito rígido de eficiência, o que prejudica o andamento dos negócios, mas não chega a matar a empresa, e por isso produtos que não vendem bem ou tem um prazo de permanência no estoque prolongado, vão conseguindo uma sobrevida.
Se você quer saber como se preparar para a crise de 2015, uma das dicas mais valiosas é fazer uma revisão imediata do seu mix de produtos e eliminar aqueles que não estão trazendo giro de estoque e não possuem uma margem de lucro tão atraente assim.

Otimize processos produtivos
Outra solução para o dilema de como se preparar para a crise econômica de 2015 é através da otimização dos processos produtivos e rotinas administrativas da empresa.
Em tempos de mercado aquecido e boas vendas, é comum, principalmente entre os pequenos e médios empresários, um certo desleixo em relação à otimização de processos. Em tempos de crise, essa falta pode lhe custar a competitividade e em casos extremos até mesmo o negócio.

Avalie a possibilidade de downsizing
Reduzir o ritmo de atividade da sua empresa não é nenhuma vergonha ou sinal de má gestão. É sinal de prudência. Existe um ditado sobre empreendedorismo que eu adoro, dizendo o seguinte “O primeiro negócio de qualquer negócio é permanecer no negócio”.
Em épocas de crise, as vezes é preferível reduzir a atividade e o crescimento da empresas para poder enfrentar o ambiente desfavorável, do que bancar o empreendedor destemido e quebrar a cara dando murro em ponta de faca. Pergunte ao Eike Batista o que ele acha.

Invista em marketing
Não caia na armadilha de reduzir seu investimento em marketing só porque as vendas estão baixas. É justamente nessa situação que você deve investir mais ainda para atrair clientes para o seu negócio!
Se você ainda não tem uma estratégia de marketing digital, pense seriamente em investir neste segmento, pois além de ser mais barato (mas não gratuito) que o marketing convencional, pode ter seus resultados mensurados nos mínimos detalhes.

Participe de eventos setoriais
Em épocas de crise se torna importante participar de um número maior de eventos para poder ter uma avaliação externa da crise e do cenário traçado para o futuro.
É um ótimo momento também para o compartilhamento de experiências e soluções adotadas por outros empresários que estão no mesmo barco. É uma situação onde a união faz a força.

Seja criativo
Uma das boas lições que se pode extrair de uma crise econômica como a que vem ai pela frente em 2015 é o incentivo à criatividade. Se você ficar sentado chorando suas pitangas e não fazendo absolutamente nada, ai sim a coisa vai ficar bem feia.
Coloque sua criatividade e de seus colaboradores para trabalhar. Esteja aberto a sugestões e não crie qualquer tipo de barreira a mudanças. Em momentos de crise é que avaliamos de forma mais contundente qual o valor que poderíamos estar entregando ao mercado que ainda não foi agregado ao nosso produto ou serviço.
Não ser pego de surpresa sempre foi um grande trunfo no mundo dos negócios. Por isso, saber como se preparar para a crise de 2015, pode ser decisivo para a sobrevivência do seu negócio nos tempos difíceis que vem por ai.

Por Alberto Valle, empreendedor e diretor da Academia do Marketing
http://www.empreendedoresweb.com.br/como-se-preparar-para-a-crise-de-2015/

Acadêmicos: Guilherme Felipe Vieira e Fernanda do Rosário

24 de agosto de 2015

É NA CRISE QUE SURGEM AS OPORTUNIDADES

Independentemente da crise econômica e institucional que o Brasil está enfrentando – e que de acordo com o prognóstico dos analistas está somente no início -, as necessidades de mudança e melhoria que o nosso país precisa são urgentes.
Nosso país, como todos sabem, possui um enorme rol de problemas urgentes que precisam de solução. Possuímos uma das maiores taxas de violência do mundo, educação que se configura nas avaliações internacionais como defasada e precária, sistema de saúde estrangulado e ineficiente, enorme déficit de moradia, falta de acesso das classes menos favorecidas aos serviços bancários básicos, corrupção endêmica em todos os níveis da sociedade, dentre outros grandes problemas.
As instituições que estão buscando solucionar os problemas que enfrentamos diariamente, além de iniciativas isoladas na sociedade civil, são, principalmente, as públicas, as ONG´s e as empresas privadas.
Das públicas – que costumo metaforizar como um grande elefante, já que apesar da enorme força, não possui agilidade necessária - esperamos, sentados e passivos, que apresente a solução para todos os nossos problemas. 
Como pode o povo brasileiro esperar que os governos solucionem verdadeiramente os problemas da coletividade se ao mesmo tempo consideram a classe política como a corrupta e mentirosa de todas? Como?
As ONG´s também fazem um grande e importante papel, mas como formigas, não possuem força e amplitude necessária para grandes impactos sociais.
Há também as organizações privadas que por meio da oferta de bens e serviços (alguns casos unida a uma política de responsabilidade socioambiental) possuem grande impacto na economia de uma nação, mas que a razão de existir não contempla questões sociais.
O trabalho de tais instituições - públicas, privadas ou sem fins lucrativos - é importante, sim. Mas como estamos vendo, ele simplesmente não é suficiente. Ainda há uma enorme lacuna entre o que está sendo realizado e o que pode e ainda precisa ser realizado. Esta lacuna exige abordagens novas e mais sustentáveis ​​para enfrentar os desafios sociais mais importantes e urgentes do Brasil.
E qual poderia ser a primeira abordagem complementar às tradicionais? O empreendedorismo social. Esta pode ser a solução mais revolucionária e duradoura para os problemas que enfrentamos.
A partir do empreendedorismo social surgem os negócios sociais. Segundo a Comissão Europeia, “negócio social é um operador da economia social cujo principal objetivo é gerar, ao invés de somente lucros para seus proprietários, impacto social. São dirigidos para fornecer bens e serviços ao mercado em um formato empreendedor e inovador e usam seus lucros primeiramente para alcançar objetivos sociais”.
Os empreendedores sociais atuam, portanto, como agentes de mudança positiva em suas comunidades, cidades e regiões, solucionando problemas crônicos e agudos da sociedade, por meio de novas abordagens. Eles iniciam soluções sustentáveis ​​que causam impacto social positivo. Ao contrário de empresários tradicionais, os empreendedores sociais buscam, principalmente, gerar "valor social", ao invés de somente lucros. E, ao contrário da maioria das organizações sem fins lucrativo, os negócios sociais possuem como missão não apenas ações imediatas e de pequena escala e, mas em grande parte enfatizam mudanças radicais e de longo prazo.
Durante a última década, a cena do empreendedorismo social tem crescido tremendamente. Seja nas áreas de educação, saúde, transporte, segurança ou desenvolvimento urbano, tem-se visto pequenos-grandes líderes inovadores a assumir os problemas da sociedade que vive e estabelecer seus empreendimentos sociais para solucioná-los. Eles reconhecem que a caridade, isoladamente, não é sustentável, e as empresas que somam impacto social com geração de receita (com fins lucrativos ou não) são necessárias para um impacto sustentável em longo prazo. Tão diferente quanto suas experiências e conhecimentos podem ser, esses empreendedores são motivados por um objetivo comum: o desejo de mudar o mundo.
Viver em uma sociedade em que praticamente apenas carreiras profissionais - como Médico, Engenheiro, Advogado – são procuradas (e grande parte dos quais estão desempregados) não é suficiente. O que o país precisa desesperadamente, agora mais do que nunca, é um ecossistema que promova o espírito social empreendedor através de todas as carreiras e profissões. Um ecossistema com terreno fértil para a inovação, onde os empreendedores sociais não surjam por meras coincidências, mas como resultado da formação deliberada para um impacto maior. 
Como bem traduziu Muhamad Yunus, precisamos sair do paradigma de buscar empregos para um novo paradigma de gerar empregos, e com eles todos os benefícios sociais e econômicos necessários a uma vida coletiva mais plena.
O Brasil precisa, portanto, de mais pessoas para se tornarem empreendedores sociais, impulsionando mudanças positivas na sociedade e no mundo. Ao invés de continuar depositando as esperanças do futuro nos governos que se sucedem, precisamos de novas soluções. Talvez não exista melhor opção para sair da “sempre atual” crise que o Brasil está enfrentando do que a difusão e adoção do empreendedorismo social.

Texto publicado no dia 10/03/2015 por Gabriel Cardoso idéias e ações.

Acadêmicos: Karla Caroline, Paulo Renato

16 de agosto de 2015

NA CRISE, MUDE!

Em momentos de contração econômica, ouvimos histórias de pessoas que estavam bem há pouco tempo e, de repente, passam por uma séria crise pessoal. Perder o padrão de vida, por exemplo, torna-se um motivo de grande constrangimento, tristeza e muito estresse.
Não é fácil ter de fazer mudanças indesejáveis na vida, mas o pior é o que vai acontecer com você, se insistir até o fim em algo que não está funcionando. O fato de um evento ter causado uma contração econômica violenta não significa que você é o culpado por não ganhar o mesmo que anteriormente. O que também não quer dizer que você não precisa fazer nada, apenas aguardar as coisas melhorarem.
Procure refletir e identificar ações que o auxiliem a sair dessa situação de maneira inovadora. Não pense que conseguir mais dinheiro seja sempre a única solução. Pois bancos, amigos e familiares podem ajudá-lo, mas, se você não gerir sua vida de maneira diferente, não conseguirá pagá-los no futuro. E o auxílio pode se transformar em uma dor de cabeça ainda maior.
Portanto, seja brutalmente honesto ao analisar sua situação. Essa crise, de fato, é passageira para seu mercado, empresa ou carreira? Ou é um fim definitivo e você precisará tomar medidas para mudar de rumo?
É preciso analisar que outras pessoas, como os gestores de sua empresa, podem ter tomado decisões que tenham tornado a crise mais aguda. Há também o contexto do País, provocado pela inépcia e pelos escândalos de corrupção no governo federal.
Entretanto, você deve saber qual é a sua responsabilidade na situação e mudar. Talvez você tenha demorado a tomar uma decisão importante. Por exemplo, cortar custos drasticamente em sua família, aprender a ver sinais de que sua empresa, mercado ou carreira não tinham futuro e acreditar que o mundo nunca iria mudar. Ou então você deixou-se seduzir pelo sucesso, e isso provocou o orgulho que causou sua ruína.
Seja qual for o seu caso, deve focar o futuro. Você precisa acreditar que vai sair dessa. Não pense somente no curto prazo, pense em dois, cinco ou dez anos. Assim como no futebol, não existe chute que vale dois gols, você tem de reverter a situação de maneira persistente e paciente. Pode ser que tenha de mudar de área, reorganizar totalmente sua vida antes de voltar a crescer.
Essa experiência poderá ser muito dura, mas não a perca se lamentando. Ela pode servir para aprimorá-lo, ser uma oportunidade de reconstrução mais sólida para enfrentar o futuro. Não a desperdice culpando o mundo, as pessoas bem-sucedidas do momento ou a vida. Veja como uma oportunidade de vivenciar uma história que poderá servir de inspiração para as gerações futuras. Pense diferente, abra-se para novas possibilidades e persevere.

Vamos em frente!

Texto publicado no dia 11/05/2015 por Silvio Celestino – Jornal O GLOBO.

Acadêmicas: Débora Borba e Marinara de Jesus

10 de agosto de 2015

O ESTADO SOMOS NÓS

Estamos vivendo em um período de votações e dicotomias, revisando alguns conceitos que por muito tempo estávamos deixando de lado. Em tempos de “sim” e “não”, poucos assuntos detêm tantos adeptos quanto o repúdio nacional pela política e políticos.
Depois de algum tempo de observação e conversas de elevador percebi algo que gostaria de compartilhar. Não sei ao certo se é pela distância da nossa capital, mas há um certo distanciamento proposital daqueles que chamamos de políticos. Ouvimos diariamente frases como: “Eles lá em Brasília” ou “Aqueles políticos”.
Cerca de 2500 anos atrás na Grécia, fonte ocidental de cultura, direito, filosofia e sociologia, era chamado de idiota aquele que não participava da vida em comunidade, aquele que ficava preso dentro de si. Incrível como em décadas de evolução conseguimos inverter totalmente este conceito.
Martin Luther King já dizia: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética (...) O que me preocupa é o silêncio dos bons. ” Enquanto não começarmos a entender que todas as nossas atitudes tomadas afetam a comunidade, ainda continuaremos votando errado e responsabilizando os outros das nossas ausências. Que me desculpem os que dizem serem cultos, mas política é essencial.
Ainda não possuímos tecnologia suficiente para criar organismos vivos modificados em laboratório que gerarão políticos íntegros e honestos. Por isso, a nossa única fonte continua sendo a sociedade, as nossas cidades, as nossas comunidades e as nossas famílias. Por isso, da próxima vez que você for atravessar fora da faixa de segurança, ignorar um lixo na rua, furar uma fila ou pedir para o seu filho falar que você está no banho, enquanto não quer atender aquele parente distante, saiba que parte da culpa “daqueles” políticos “lá” em Brasília serem “daquele jeitinho” é sua.


Texto publicado na segunda quinzena de junho de 2015 – Jornal Folha Metropolitana


Acadêmica: Maria Eduarda Peres